sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ataques digitais superam capacidade global de reação, dizem EUA

Secretária norte-americana discursou em conferência sobre segurança.
Hackers atacaram alvos relevantes como FMI, CIA e órgãos brasileiros.



Secretária Janet Napolitano discursou em evento
em Viena

A sofisticação técnica dos criminosos digitais está superando a capacidade global de reagir aos seus ataques, e isso exige uma acelerada campanha para combater tal ameaça, alertou nesta sexta-feira (1) a secretária norte-americana de Segurança Doméstica, Janet Napolitano.

“A maioria dos países nem tem um padrão legal que governe o espaço cibernético. É um fenômeno tão novo nesse aspecto que os sistemas jurídicos — tanto domésticos quanto o internacional – não acompanharam o ritmo dos avanços tecnológicos que temos visto”, disse Napolitano a jornalistas em Viena, onde participa de uma conferência internacional sobre segurança. “Precisamos acelerar essa reação”, acrescentou ela.

Vários ataques digitais têm sido registrados nos últimos tempos contra alvos relevantes como o FMI, a CIA, o Senado dos EUA e órgãos do governo brasileiro. Napolitano não quis fazer comentários sobre as investigações relacionadas a ataques recentes nos EUA, mas salientou que é preciso haver mais cooperação internacional. “Eu diria que ainda estamos em um estágio nascente. Não há um marco internacional abrangente”, afirmou ela.

“Estamos confiantes que, do ponto de vista tecnológico, vamos obter uma resolução satisfatória para alguns desses problemas”. “No momento, precisa haver algum tipo de marco jurídico internacional para resolver isso, e ele não existe”, disse a secretária.

Na semana passada, um alto funcionário do governo chinês negou que haja uma “guerra cibernética” entre China e Estados Unidos. Nas últimas semanas, os dois países tiveram atritos por causa das acusações de que diversos ataques teriam sido originados na China – especialmente em tentativas de invadir computadores da empresa norte-americana Lockheed Martin e contas do Google pertencentes a autoridades dos EUA e a ativistas chineses de direitos humanos.

Napolitano disse que caberia ao Departamento de Defesa dos EUA esclarecer dúvidas sobre ameaças a interesses norte-americanos no exterior. Ela disse que o seu departamento continuará funcionando normalmente mesmo que o governo tenha de parar parcialmente devido a um impasse no Congresso como relação ao limite de endividamento público.

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