O fundador e presidente da gigante taiwanesa Foxconn, Terry Gou,
anunciou que a empresa terá 1 mihão de robôs para substituir empregados
em suas fábricas, relatou a agência oficial de notícias chinesa Xinhua. A
estimativa é de que 50% da produção seja mecanizada até o final de
2014.
A Foxconn conta hoje com cerca de 10 mil robôs, que, ao lado de seus
atuais 1,2 milhão de funcionários, operam máquinas de soldagem, borrifo
de químicos e montagem. As máquinas que serão agregadas ao chão de
fábrica manterão as mesmas funções.
A maior montadora de componentes para Apple e Nokia planeja ter 300
mil robôs até o ano que vem e 1 milhão de máquinas até 2014. A motivação
seria o corte em despesas operacionais, devido aos crescentes salários
dos trabalhadores, e o aumento da eficiência na produção. Mais de 1
milhão dos funcionários da Foxconn trabalham na China continental, nas
fábricas que a gigante mantém em Shenzhen e Sichuan.
Em comunicado enviado à BBC Brasil, a Foxconn declarou que o
investimento é destinado ao desenvolvimento de pesquisa e tecnologia
pela empresa, e que será aplicado única e exclusivamente às operações
que a companhia mantém na China continental.
A questão da mão-de-obra utilizada pela empresa é caso de notícia há
mais de um ano, quando foi registrada uma série de suicídios de
trabalhadores, em especial na fábrica localizada em Shenzhen. Em um ano,
foram 11 casos de funcionários que saltaram do alto dos prédios da
empresa. Segundo alguns analistas, as causas das mortes poderiam estar
ligadas à longa jornada de trabalho, aos baixos salários e à falta de
segurança nas linhas de montagem.
Foxconn no Brasil
Durante a viagem da presidente Dilma Rousseff à China, em abril, a
empresa prometeu fazer investimentos da ordem de US$ 12 bilhões no
Brasil. O governo calcula que a empresa possa gerar até 100 mil empregos
diretos e indiretos. A fábrica, que deverá produzir tablets e telas
para o iPad, deve ter mão-de-obra majoritariamente brasileira. Mas a
discussão em torno dos trabalhadores contratados criou também impasse
para o avanço do acordo de investimento.
De acordo com o comunicado enviado pela Foxconn à BBC Brasil, não houve avanços na possível cooperação com o Brasil.
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