quarta-feira, 27 de julho de 2011

Chip analisa câncer como máquina de pinball


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O laboratório em chip desenvolvido no Canadá analisa até 300 células individualmente

Um novo dispositivo promete ajudar em pesquisas de combate ao câncer ao realizar uma análise de células de forma individual, separando-as como em uma máquina de pinball.

A analogia com o brinquedo foi a forma como os pesquisadores da Universidade British Columbia, no Canadá, descreveram o seu laboratório em chip na última edição da Proceedings of the National Academy of Sciences. O trabalho foi liderado por Carl Hansen.

Laboratórios desse tipo são dispositivos que realizam processos químicos e análises em um único chip de silício. Neste caso, o aparelho, com o tamanho de uma bateria de nove volts, promete tornar mais rápidas, precisas e baratas as análises genéticas.

O grande diferencial do aparelho é que, ao invés de analisar um tecido, ele consegue separar e observar individualmente até 300 células. O segredo está em um fluído que carrega essas células através de microscópicos tubos e válvulas, permitindo que elas caiam individualmente no loca em câmaras separadas, como em uma máquina de pinball.

Isoladas, elas têm o material genético (RNA) extraído e replicado para análise. Essa avaliação individual de uma única célula é vista como uma promissora ferramenta das pesquisas genéticas relacionadas ao câncer.

As amostras de tecidos de um único tumor, por exemplo, contém tanto células saudáveis como cancerígenas e, muitas vezes, é difícil distingui-las. Os testes genéticos comuns, que usam essas muitas células simultaneamente, conseguem fazer apenas um retrato geral do tecido como um todo - e as diferenças entre uma célula saudável e uma cancerígena acabam obscurecidas.

Em outra analogia, os pesquisadores explicam que essa análise seria o mesmo que tentar entender a diferença entre um morango e uma amora observando uma bebida feita com as duas frutas misturadas.

A grande vantagem do aparelho desenvolvido pela UBC é que ele realiza todas as etapas em um único chip: separa as células, mistura os reagentes químicos para ressaltar que ressaltam seu código genético e analisa os resultados medindo a luz fluorescente emitida pelo reagente.

 
fonte: Info/Abril

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